segunda-feira, 31 de março de 2014

Mutações genéticas são a causa do tipo mais grave de câncer de pele.

LONDRES - Mutações genéticas recém-identificadas são a causa de alguns casos de melanoma, tipo mais grave de câncer de pele, segundo uma pesquisa publicada na revista “Nature Genetics”. Um grupo de cientistas do centro de pesquisa genômica Wellcome Trust Sanger Institute em Hixton, no Reino Unido, descobriu que essas mutações desligam um gene conhecido como POT1, que protege os cromossomos dos danos ao DNA.
O risco de melanoma depende de diversos fatores, como a exposição solar, o tipo de pele e o histórico familiar. Cerca de uma em cada 20 pessoas com melanoma tem um histórico familiar bem estabelecido da doença, mas as que têm as mutações descobertas pela pesquisa aumentam muito o risco de desenvolver o tumor.
Dados da Organização Mundial de Saúde mostram que 132 mil casos de melanoma surgem por ano no mundo. No Brasil, segundo o Inca, o câncer de pele é o mais frequente e corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados no país, mas os casos de melanoma representam apenas 4%, embora seja o mais grave devido à grande possibilidade de metástase.
O médico David Adams, coautor do estudo, acredita que a descoberta poderia melhorar o rastreamento do câncer ao ponto de saber quem na família estaria em risco e quem deveria fazer o teste para câncer de pele.
- As mutações neste gene resultam em danos no fim dos cromossomos, o que, em geral, está relacionado à formação do câncer - ele disse à “BBC News”.
Os pesquisadores descobriram que a leucemia também é um tipo de câncer comum nestas famílias, o que sugere que este gene pode estar associado a outros tumores, e não apenas ao melanoma.
- Este é um passo adiante para pessoas que têm um forte histórico de melanoma na família, o tipo mais perigoso de câncer de pele, mas é importante lembrar que, para a maioria de nós, evitar a exposição ao sol em horários perigosos é a melhor forma de reduzir o risco da doença - observou a pesquisadora Safia Danovi.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/saude/mutacoes-geneticas-sao-causa-do-tipo-mais-grave-de-cancer-de-pele-12039640#ixzz2xaiKoNJF 

sexta-feira, 28 de março de 2014

DNA

Desde o início do século XX, com o advento da genética como ciência, incumbiu-se aos cientistas o trabalho de decifrar a composição dos genes. Essa incógnita derivou-se da necessidade de desvendar a molécula capaz de ser tão precisa nas informações e, ao mesmo tempo, possuir uma capacidade ilimitada de replicações sem erros, além é claro, de direcionar o desenvolvimento do organismo.

Descoberta do DNA

As respostas começaram aparecer na década de 1940, com estudos em fungos, onde se observou que as informações genéticas consistem, em suma, de instruções para a construção de uma proteína. Além disso, na mesma época ocorreu a identificação do ácido desoxirribonucléico (DNA, em inglês, ou ADN, em português) como provável molécula armazenadoras das informações genéticas.
Ainda nos meados do ano de 1940, uma série de experimentos concluiu que o DNA era a constituição básica do material genético. E, finalmente, no ano de 1953, os cientistas James Watson e Francis Crick desvendaram a estrutura do DNA, abrindo caminho para o entendimento da replicação, transcrição e hereditariedade.

O que é o DNA?

O DNA é uma molécula simples, porém grande, feita a partir de quatro unidades estruturais básicas semelhantes, denominados nucleotídeos. Ao se analisar a molécula de DNA, através de um experimento envolvendo difração de raios X, apontou que este é formando a partir de duas fitas enroladas em forma de hélice. Sendo assim, a informação genética está codificada na sequência de nucleotídeos que compões os dois filamentos, complementares, de DNA. Além disso, devido às regras de complementaridade de bases, a seqüência de um dos filamentos determina a seqüência de seu complementar, isto é, do outro filamento.
Modelo de dupla hélice do DNAA estrutura do DNA lembra uma escada em espiral. Os degraus são bases nitrogenadas unidas por pontes de hidrogênio e o corrimão é formado pelo complexo de açúcar-fosfato.A estrutura do DNA lembra uma escada em espiral. Os degraus são bases nitrogenadas unidas por pontes de hidrogênio e o corrimão é formado pelo complexo de açúcar-fosfato.
Os nucleotídeos do DNA são formados a partir de um açúcar, a desoxirribose, ligada a um único grupo fosfato e a uma base, podendo ser esta: adenina (A), citosina (C), guanina (G) ou timina (T). Os nucleotídeos são covalentemente ligados por em uma cadeia por meio de fostatos e açucares. Com base nessa estrutura, podemos imaginar que o DNA é semelhante a uma escada-caracol, onde os degraus seriam as bases nitrogenadas e o corrimão seria formado pelo complexo de açúcar-fosfato de cada uma dessas bases.
As duas cadeias contorcidas, que unidas formam a dupla hélice, são mantidas através de interações químicas do tipo ligação de hidrogênio. Um fato importante a notar é que dependendo da qualidade química da base nitrogenada ela pertencerá a certa classificação: a adenina e a guanina são compostos orgânicos heterocíclicos pertencentes à família das purinas, já a citosina e a timina, com composição semelhante ao benzeno, são da família das piramidinas. Isso implica que uma piramidina sempre formará ligação com uma purina para formar a dupla-hélice, ou seja, adenina sempre se combinará com a timina e a guanina, com a citosina. Esse pareamento especial faz com que os pares de bases nitrogenados, bem como a cadeia da molécula de DNA, tenham um arranjo energético favorável. Esse aspecto é conhecido comocomplementariedade do DNA.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Teste através de ácidos nucléicos


A Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos, propôs nesta sexta (16) uma regra que encoraja o desenvolvimento de um tipo de teste utilizado para detectar casos de tuberculose (TB). Esta regra reduziria a classificação de risco atual para os testes baseados em ácidos nucleicos permitindo que os fabricantes utilizem a via de depuração mais rápida para os dispositivos médicos.
Os testes de tuberculose à base de ácido nucleico podem detectar a presença de cópias de materiais genéticos da bactéria da tuberculose (RNA ou DNA) em uma amostra de muco (expectoração) obtida do paciente. Isso permite a identificação da tuberculose a tempo.
Atualmente, estes testes são dispositivos Classe III (alto risco) que exigem a candidatura de aprovação pré-mercado mais rigorosa. Ao propor a diminuição da classificação para a Classe II (médio risco), a FDA também emitiu um projeto de orientações para os fabricantes que identifica os riscos associados aos resultados falsos positivos e falsos negativos, os riscos para os trabalhadores de saúde que manipulam os espécimes, e faz recomendações sobre como mitigar estes riscos.
"A FDA avaliou os riscos e os benefícios dos ácidos nucleicos com base nos diagnósticos de tuberculose e acredita que podemos continuar a tratar a sua segurança e eficácia por meio do nosso projeto de orientações. Em conjunto, estas ações incentivarão o desenvolvimento de novos diagnósticos de tuberculose, continuando a garantir a sua segurança e eficácia", disse Alberto Gutierrez, diretor do centro da FDA para Dispositivos e Saúde Radiológica.
Os testes baseados no ácido nucleico, que detectam o material genético das bactérias infectantes, podem encurtar o tempo necessário para diagnosticar a doença da tuberculose de uma a duas semanas para uma a duas horas. Quando usados em conjunto com outros testes clínicos, os testes à base de ácidos nucleicos podem levar ao tratamento precoce, à melhoria dos resultados do paciente, e interromper uma propagação da tuberculose.
O Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) recomenda que os prestadores de cuidados de saúde realizem o teste de ácido nucleico em pelo menos uma amostra de muco expelida das vias aéreas inferiores (escarro) dos pacientes com sinais e sintomas de tuberculose, quando o resultado do teste alteraria o tratamento do paciente ou as atividades de controle da tuberculose.
"Melhorar o acesso aos novos testes promissores de tuberculose é fundamental para fazer avançar os esforços de prevenção da tuberculose. Novas ferramentas para o diagnóstico, e uma maior ênfase nas ferramentas ajudará a identificar a resistência às drogas e são essenciais para a eliminação da tuberculose nos Estados Unidos", disse RADM Kenneth G. Castro, diretor da Divisão de Eliminação da Tuberculose do CDC.
Os controles gerais incluem requisitos relativos às boas práticas de fabrico, rotulagem, o registro de todos os estabelecimentos com o FDA, listar todos os dispositivos a serem comercializados e apresentar uma notificação de pré-comercialização [510 (k)] antes de comercializar o dispositivo.

No entanto, os controles gerais não são suficientes para garantir a segurança e a eficácia dos dispositivos de Classe II e Classe III. Além de cumprir com os controles gerais, os dispositivos de Classe II também estão sujeitos a controles especiais, que podem incluir rotulagem especial, padrões de desempenho obrigatórios e vigilância pós-comercialização.

Alimentos ricos em ácidos nucléicos

Frutas e Legumes

Frutas e vegetais são fontes saudáveis de ácidos nucléicos. Quando você consome frutas frescas e vegetais, você consome células vegetais inteiros, que cada contêm ácidos nucléicos de ambas as fontes de DNA e RNA. Após a ingestão, enzimas digestivas quebram a parede da célula, libertando as células de proteínas, ácidos nucleicos, açúcares, vitaminas, minerais e água. Uma vez que todas as plantas contêm ácidos nucléicos, mas diferem em seu conteúdo de vitaminas e minerais, ingerir uma variedade de frutas e legumes como parte de sua dieta. Universidade de Harvard recomenda consumir pelo menos 4,5 copos, ou 9 porções, de frutas e vegetais por dia para atender às suas necessidades nutricionais

Legumes e nozes
Legumes e nozes também fornecer uma fonte de ácidos nucleicos em sua dieta. Porcas, tais como amêndoas, caju e nozes, contêm os ácidos nucleicos, bem como de proteína de alta qualidade e óleos saudáveis. Leguminosas, tais como feijões e lentilhas também proporcionar uma fonte rica de proteínas, bem como fibra para ajudar a manter a regularidade digestivo e saúde do cólon. Incluindo nozes e legumes em sua dieta como toppers salada, componentes de sopas, como um lanche saudável ou em ensopados pode ajudar a garantir que você consome adequados ácidos nucléicos, bem como outros nutrientes para ajudar seu corpo a funcionar bem.

Carnes e peixes
Outras fontes de ácidos nucleicos são as carnes e peixe. Cada célula animal contém a informação genética sob a forma de DNA e RNA, produtos de origem animal para consumo proporciona uma fonte de tais substâncias químicas. Quando planear a sua dieta, escolha peixes e meios magras, como peru ou frango para ingerir saudáveis ácidos nucléicos e proteínas sem o consumo de gordura em excesso. Menor teor de gordura métodos de cocção, como assar, grelhar ou assar, também permitem desfrutar os benefícios de carnes e peixes sem ingerir excesso de gordura. O Departamento de Agricultura dos EUA pirâmide alimentar recomenda que você consome duas a quatro porções de proteínas, como carnes, por dia para uma saúde ótima

quarta-feira, 26 de março de 2014

DNA e RNA

DNA e RNA
DNA
Desde o início do século XX, com o advento da genética como ciência, incumbiu-se aos cientistas o trabalho de decifrar a composição dos genes. Essa incógnita derivou-se da necessidade de desvendar a molécula capaz de ser tão precisa nas informações e, ao mesmo tempo, possuir uma capacidade ilimitada de replicações sem erros, além é claro, de direcionar o desenvolvimento do organismo.
Descoberta do DNA
As respostas começaram aparecer na década de 1940, com estudos em fungos, onde se observou que as informações genéticas consistem, em suma, de instruções para a construção de uma proteína. Além disso, na mesma época ocorreu a identificação do ácido desoxirribonucléico(DNA, em inglês, ou ADN, em português) como provável molécula armazenadoras das informações genéticas.
Ainda nos meados do ano de 1940, uma série de experimentos concluiu que o DNA era a constituição básica do material genético. E, finalmente, no ano de 1953, os cientistas James Watson e Francis Crick desvendaram a estrutura do DNA, abrindo caminho para o entendimento da replicação, transcrição e hereditariedade.
O que é o DNA?
O DNA é uma molécula simples, porém grande, feita a partir de quatro unidades estruturais básicas semelhantes, denominados nucleotídeos. Ao se analisar a molécula de DNA, através de um experimento envolvendo difração de raios X, apontou que este é formando a partir de duas fitas enroladas em forma de hélice. Sendo assim, a informação genética está codificada na sequência de nucleotídeos que compões os dois filamentos, complementares, de DNA. Além disso, devido às regras de complementaridade de bases, a seqüência de um dos filamentos determina a seqüência de seu complementar, isto é, do outro filamento.
Os nucleotídeos do DNA são formados a partir de um açúcar, a desoxirribose, ligada a um único grupo fosfato e a uma base, podendo ser esta: adenina (A), citosina (C), guanina (G) ou timina (T). Os nucleotídeos são covalentemente ligados por em uma cadeia por meio de fostatos e açucares. Com base nessa estrutura, podemos imaginar que o DNA é semelhante a uma escada-caracol, onde os degraus seriam as bases nitrogenadas e o corrimão seria formado pelo complexo de açúcar-fosfato de cada uma dessas bases.
As duas cadeias contorcidas, que unidas formam a dupla hélice, são mantidas através de interações químicas do tipo ligação de hidrogênio. Um fato importante a notar é que dependendo da qualidade química da base nitrogenada ela pertencerá a certa classificação: a adenina e a guanina são compostos orgânicos heterocíclicos pertencentes à família das purinas, já a citosina e a timina, com composição semelhante ao benzeno, são da família das piramidinas. Isso implica que uma piramidina sempre formará ligação com uma purina para formar a dupla-hélice, ou seja, adenina sempre se combinará com a timina e a guanina, com a citosina. Esse pareamento especial faz com que os pares de bases nitrogenados, bem como a cadeia da molécula de DNA, tenham um arranjo energético favorável. Esse aspecto é conhecido comocomplementariedade do DNA.
Outro aspecto interessante do DNA é que a formação de cada uma das cadeias que o compõe segue um arranjo químico onde os carbonos 3 e 5 do açúcar que compõe os nucleotídeos seja o local de ligação com o nucleotídeo anterior ou posterior, sendo assim, temos uma sequência 3’ -> 5’ das ligações químicas. Isso implica que uma das cadeias de DNA terá uma polaridade 3’-> 5’ e a outra 5’ -> 3’, esse aspecto é caracterizado como cadeias antiparalelas.
Pensamento lógico: Relação de Chargaff
Devido aos quatro pareamentos possíveis em uma molécula de DNA (A – T, T – A, C – G, G – C), Chargaff concluiu que a soma de uma purina com uma piramidina, não complementar, deveria ser igual à soma da outra purina com piramidina, também não complementar, isto é:
(A + G) = (T + C)
De uma forma geral chega-se a conclusão que o DNA é formado por nucleotídeos, sendo este estruturado com uma base nitrogenada, um açúcar e um fosfato. Além disso, possui a característica de ser uma dupla-hélice, com cadeias antiparalelas e onde sua conformação segue um padrão de complementariedade.
RNA
Como dito anteriormente, o DNA contém as informações necessárias para o processamento de uma nova proteína. Entretanto, esse processamento requer algumas moléculas intermediárias, sendo uma delas o RNA (ácido ribonucléico).
O que é o RNA?
A molécula de RNA nada mais que uma complementariedade de uma região do DNA. Sua molécula é composta de uma única cadeia composta como nucleotídeos. Porém, diferentemente do DNA, as bases nitrogenadas do RNA são adenina (A), guanina (G), citosina (C) e uracila (U). Observe atentamente que não há a presença de timina (T) no RNA.
Outra característica marcante da molécula de RNA é que o açúcar que compõe seu nucleotídeo é uma ribose, isto é, o grupamento açúcar contem uma ligação –OH a mais.
Tipos de RNA
Dentro do contexto RNA, esta molécula pode ter duas classes:
1.      RNAm (menssageiro): serve como intermediário que transcreve as informações do DNA para a proteína;
2.      RNAf (funcional): onde a molécula de RNA é o produto final que pode atender a vários papéis dentro dos processos celulares. Dentro dessa classe, tem-se os subtipos:
o    RNAt (transportador): moléculas capazes de levar aminoácidos corretos para o RNAm durante o processo de tradução;
o    RNAr (ribossômico): moléculas envolvidas no processo de tradução do RNAm, isto é, que guiam a interpretação do RNAm para a alocação de aminoácidos específicos para formar uma proteína.


segunda-feira, 24 de março de 2014

Genes podem indicar o formato de seu rosto



Seu rosto é quadrado ou oval? Como é seu queixo? De acordo com cientistas, é possível obter essas (e várias outras) informações sobre seu rosto a partir do DNA de um fio de cabelo. Pesquisadores da Universidade Estadual da Pennsylvania (nos EUA) descobriram genes que definem algumas de nossas características faciais.
A partir desses genes, os pesquisadores foram capazes de criar modelos em 3D do rosto de 592 voluntários. E, comparando os genomas dessas pessoas, foi possível identificar 24 marcadores associados com a forma do rosto. 
Se você acompanha CSI ou outras séries policiais, sabe que essa descoberta é extremamente importante para a ciência forense - identificar o rosto de criminosos a partir de pequenas amostras de DNA facilitaria muitas investigações. Mas, por enquanto, é possível entender apenas o formato do rosto a partir dos genes - a técnica ainda é muito rudimentar para identificar suspeitos. Portanto, o pessoal do CSI vai precisar esperar mais alguns anos até que a pesquisa esteja completamente desenvolvida.
http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Pesquisa/noticia/2014/03/genes-podem-indicar-o-formato-de-seu-rosto.html

sexta-feira, 21 de março de 2014

                  DNA e RNA

Substâncias químicas envolvidas na transmissão de caracteres hereditários e na produção de proteínas compostos que são o principal constituinte dos seres vivos. São ácidos nucléicos encontrados em todas as células e também são conhecidos em português pelas siglas ADN e ARN (ácido desoxirribonucléico e ácido ribonucléico). De acordo com a moderna Biologia, o DNA faz RNA, que faz proteína (embora existam exceções os retrovírus, como o vírus da Aids).


DNA O ácido desoxirribonucléico é uma molécula formada por duas cadeias na forma de uma dupla hélice. Essas cadeias são constituídas por um açúcar (desoxirribose), um grupo fosfato e uma base nitrogenada (T timina, A adenina, C citosina ou G guanina). A dupla hélice é um fator essencial na replicação do DNA durante a divisão celular cada hélice serve de molde para outra nova.
RNA O ácido ribonucléico (RNA) é uma molécula também formada por um açúcar (ribose), um grupo fosfato e uma base nitrogenada (U uracila, A adenina, C citosina ou G guanina). Um grupo reunindo um açúcar, um fosfato e uma base é um "nucleotídeo".
Código genético A informação contida no DNA, o código genético , está registrada na sequência de suas bases na cadeia (timina sempre ligada à adenina, e citosina sempre com guanina). A sequência indica uma outra sequência, a de aminoácidos substâncias que constituem as proteínas. O DNA não é o fabricante direto das proteínas; para isso ele forma um tipo específico de RNA, o RNA mensageiro, no processo chamado transcrição. O código genético, na forma de unidades conhecidas como genes, está no DNA, no núcleo das células. Já a "fábrica" de proteínas fica no citoplasma celular em estruturas específicas, os ribossomos, para onde se dirige o RNA mensageiro. Na transcrição, apenas os genes relacionados à proteína que se quer produzir são copiados na forma de RNA mensageiro.
Cada grupo de três bases (ACC, GAG, CGU etc.) é chamado códon e é específico para um tipo de aminoácido. Um pedaço de ácido nucléico com cerca de mil nucleotídeos de comprimento pode, portanto, ser responsável pela síntese de uma proteína composta por centenas de aminoácidos. Nos ribossomos, o RNA mensageiro é por sua vez lido por moléculas de RNA de transferência, responsável pelo transporte dos aminoácidos até o local onde será montada a cadeia protéica. Essa produção de proteínas com base em um código é a base da Engenharia genética.
Ilustração

terça-feira, 18 de março de 2014

Descoberto duas novas formas de tratar a psoríase
Eles são baseados em compostos de drogas existentes e em camundongos, " parecem não ter efeitos colaterais "





A psoríase afeta 3 % da população mundial
Os cientistas do Centro Nacional de Pesquisa do Câncer (CNIO) encontraram duas possíveis novas estratégias para o tratamento da psoríase , à base de compostos farmacológicos que já existem e que , em camundongos, " parecem não ter efeitos colaterais. "

Aqui estão as principais conclusões de dois estudos publicados na revista Immunity ( em dezembro passado ) e Science Translational Medicine ( última edição ) eo CNIO informou quinta-feira .

A psoríase afeta 3% da população mundial e pode afetar gravemente a qualidade de vida, a sua causa e hoje não sabe que não vai cicatrizar completamente .

A última geração de medicamentos desenvolvidos contra ela, terapias biológicas dublados são consideradas um avanço, mas aplicam-se apenas durante períodos limitados, tão sérios efeitos colaterais podem ser gerados a partir de outras formas de tuberculose , psoríase, leucemia , daí o objetivo é encontrar tratamentos " muito eficazes, mas não tóxicas ", segundo uma nota do CNIO .

As duas novas estratégias de pesquisadores já publicados no centro são o resultado dos estudos sobre a biologia da doença , que têm revelado alguns dos seus agentes causais .

Imunidade no trabalho , é demonstrado que o bloqueio de uma proteína chamada sintomas da doença desaparecem S100A9 .

Helia B. Schönthaler , CNIO e primeiro autor do artigo observa que S100A9 estratégias inibidoras " têm um grande potencial para se tornarem novos tratamentos eficazes para a psoríase. "

Este trabalho também mostra que uma droga já existente no mercado , é utilizado contra o câncer de próstata e para evitar a rejeição em transplante de bloqueio dessa proteína e "deve ser eficaz contra a psoríase. "

"Isso não significa que você aprova e uso na psoríase, mas muito mais fácil de processar , porque é uma droga conhecida , você sabe que é seguro", disse Schönthaler .

O outro trabalho, que agora aparece na revista Science Translational Medicine , explora os microRNAs .

Descoberto cerca de duas décadas atrás, e sem a sua função ou o seu papel na doença é conhecida ainda em detalhe, estes são pequenos fragmentos de ácido nucléico que não são traduzidos em proteínas , mas ainda regulam a expressão de outros genes , explicou nota CNIO .

No caso da psoríase , sabe-se que o microRNA , " miR - 21 " é muito mais abundante do que o habitual .

Para investigar o seu papel , os pesquisadores , liderados por Juan Viniegra Guiné- inibida miR- 21 em modelo de rato e observou que os sintomas desaparecem rapidamente , sem efeitos colaterais aparentes .

Em seguida foi trabalhar com amostras humanas : Amostras de pele enxertado de uma dúzia de pacientes em ratos vivos lesões tratadas localmente com um composto que bloqueia a miR-21 ( este composto ainda não está no mercado , mas está em fase avançada de testes clínico ) .

"Os resultados têm sido muito positivos e estão esperançosos , já que esta seria uma maneira totalmente inovadora para tratar a psoríase ", disse Guiné- Viniegra .

As duas investigações que visam alvos completamente diferentes revela " a psoríase complexa e heterogênea " , uma doença em que muitos fatores envolvidos, e para as quais , até recentemente não havia modelos animais.

Descrito centenas de genes ligados a psoríase ", mas apenas alguns deles - dez - são conhecidas por serem a causa da doença", de acordo com dois pesquisadores ( ambos assinados dois artigos ) .

" Descrevemos dois novos genes / proteínas que se sabe serem aumentados em psoríase e agora demonstrar que tem um papel causal na doença . "

Este trabalho foi financiado pelo BBVA , o Ministério da Economia e Competitividade da Fundação e da União Europeia.

http://www.laopinion.es/vida-y-estilo/salud/2014/02/27/descubren-nuevas-vias-tratar-psoriasis/528437.html

segunda-feira, 17 de março de 2014

Teste usa "biópsia líquida" para detectar câncer pelo sangue

Técnica analisa pedaços de DNA dos tumores que passam a circular na corrente sanguínea. Estudo comprovou eficácia do exame, especialmente em tumores avançados no pâncreas e ovário

Um estudo publicado nesta quarta-feira comprovou a eficácia de uma técnica que, em um futuro próximo, poderá permitir o monitoramento do câncer por meio de exames de sangue e, talvez, em um futuro um pouco mais distante, a detecção precoce de tumores pequenos demais para serem percebidos pelos métodos de diagnóstico convencionais. 
Apelidada de “biópsia líquida”, a estratégia é baseada na análise de pedaços de DNA que vazam dos tumores para a corrente sanguínea, chamados de DNA tumoral circulante (ou ctDNA, na sigla em inglês). Eles funcionam como impressões digitais da doença, que os cientistas podem “ler” para extrair informações genéticas essenciais para a caracterização do tumor e a seleção do melhor curso de tratamento.
A principal vantagem seria a possibilidade de monitorar continuamente a doença por meio de um método relativamente simples, rápido e não invasivo. É uma técnica mais prática do que as biópsias convencionais de tumores, que muitas vezes estão em locais de difícil acesso no corpo, além de ser mais informativa do que o monitoramento de outros marcadores moleculares, como o PSA, relacionado ao câncer de próstata.
“É uma estratégia que, provavelmente, vai ter uma utilidade clínica muito grande”, diz Suely Marie, pesquisadora brasileira do Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e uma das autoras do estudo.
A pesquisa, feita por uma equipe internacional de pesquisadores, foi coordenada pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos. Os resultados foram publicados na revistaScience Translational Medicine.
Testes — O estudo fez uso do ctDNA na detecção e caracterização de tumores de 640 pacientes com vários tipos de câncer. A eficácia da técnica variou entre 50% e 75%, dependendo do tipo de tumor e do estágio da doença. A eficiência mais alta foi na detecção de tumores avançados do pâncreas, ovários, intestino, bexiga, esôfago, mama e pele. A mais baixa foi para tumores primários nos rins, próstata, tireoide e no cérebro — órgão no qual o trabalho da pesquisadora brasileiras está mais focado.
“Estamos na luta ainda para encontrar biomarcadores eficientes para tumores do sistema nervoso central”, afirma Suely. A dificuldade, neste caso, deve-se a uma barreira natural de membranas que isolam o cérebro e a medula espinhal do sistema circulatório em geral.
A aplicação mais imediata da técnica, segundo Suely, deverá ser no monitoramento de casos de câncer já diagnosticados. As informações genéticas contidas no ctDNA podem dar pistas importantes sobre a melhor maneira de combater a doença, tornando a terapia mais personalizada e, consequentemente, mais eficiente. 
http://veja.abril.com.br/noticia/saude/teste-usa-biopsia-liquida-para-detectar-cancer-pelo-sangue

sábado, 15 de março de 2014

Tudo sobre Ácido Nucleico!!!




Ácidos Nucleicos

     Constituídos por uma base nitrogenada, um carboidrato e uma molécula de ácido fosfórico, podemos chama-los de macromoléculas, que são essenciais a todos os organismos vivos, são eles o DNA e RNA. Onde nessas moléculas encontramos as pentoses, no DNA a pentose é uma desoxiribose enquanto que nas moléculas de RNA a pentose é uma ribose.

     O DNA, ou (ácido desoxirribonucleico) é a molécula cuja sua responsabilidade é guardar todas as informações genéticas dos seres vivos, proporcionando todas as informações sobre o indivíduo e suas características.

    Agora o RNA, ou (ácido ribonucleico), tem sua responsabilidade ligada a síntese proteica, onde essa depende do bom funcionamento do RNA para desenvolver seu papel proteico junto as células humanas.

Abaixo podemos ver os três tipos de RNA, e uma breve explicação:


RNAm – Molécula em que o numero de nucleotídeos é diretamente proporcional ao tamanho da proteína que codifica. Há uma relação entre o número de aminoácidos e o número de trincas de nucleotídeos. A sequência de códons do RNAm é determinada pela sequência de códons de um segmento de DNA.
 
RNAr – É a maior molécula de RNA e também a mais abundante. Corresponde cerca de 80% do total do RNA celular. Quando associados a moléculas de proteínas, constitui os ribossomos que, quando presos a filamentos de RNAm formam os polirribossomos, onde ocorre a síntese proteica.
 
RNAt – É a menor molécula de RNA. Tem como função ligar-se a um aminoácido específico e conduzi-lo ao local de síntese proteica. Apresenta uma sequência específica de três bases, o Anticódon, que se liga ao códon do RNAm. Existe pelo menos um RNAt para cada aminoácido.


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sexta-feira, 14 de março de 2014

Introdução ao Assunto: Ácidos Nucléicos

Os Ácidos Nucléicos

01/09/2009 - Amara Maria Pedrosa SilvaExistem dois tipos básicos de ácidos nucléicos:

ÁCIDO DESOXIRRIBONUCLÉICO (DNA) e o ÁCIDO RIBONUCLÉICO (RNA).

Os ácidos nucléicos estão sempre associados a proteínas, constituindo uma nucleoproteína.

São encontrados em todos os seres vivos, entretanto, os vírus possuem apenas um tipo de ácido nucléico, DNA ou RNA. Eles constituem a base química da hereditariedade.

Nas células, o DNA é encontrado quase exclusivamente no núcleo, embora exista também nos cloroplastos e nas mitocôndrias. Tem a função de sintetizar as moléculas de RNA e de transmitir as características genéticas. O DNA se encontra no núcleo celular, compondo o retículo nuclear e os cromossomos; é encontrado também no interior dos plastos e das mitocôndrias. Eles formam os genes, pois no longo código genético de cada DNA, registrado na seqüência de suas bases nitrogenadas, está implícita a programação de um ou mais caráter hereditário. Se o DNA encerra no seu código a programação para um certo caráter, é preciso que ele forme um RNA que transcreva o seu código.

O RNA é encontrado tanto no núcleo como no citoplasma, embora sua função de controle da síntese de proteínas seja exercida exclusivamente no citoplasma. São encontrados no núcleo, formando os nucléolos e no citoplasma, formando os ribossomos.Os RNA são formados modelando-se em moléculas de DNA (transcrição). O RNA, formado no molde do DNA, passa ao citoplasma, levando consigo a mensagem do DNA. No citoplasma ele vai cumprir o seu papel, determinando a síntese de uma proteína (tradução). Essa proteína terá um papel na manifestação do caráter hereditário condicionado pela presença daquele DNA nas células do indivíduo.

Logo, o DNA tem uma função eminentemente genética, mas que só é exercida pela atividade dos RNA, que são sintetizadores de proteínas.

As unidades estruturais de um ácido nucléico são as mesmas, tanto numa bactéria como em um mamífero. Todos os ácidos nucléicos são constituídos de filamentos longos nos quais se sucedem, por polimerização, unidades chamadas nucleotídeos.


Cada nucleotídeo é constituído por um fosfato (P), uma pentose (ribose ou desoxirribose) e uma base nitrogenada (adenina, guanina, citosina, timina ou uracila).

-> O radical fosfato (HPO4) é proveniente do ácido fosfórico.

-> A ose (uma pentose, monossacarídeo com 5 átomos de carbono) é a ribose no RNA, e a desoxirribose no DNA.


As bases são de dois tipos: bases púricas e bases pirimídicas.

-> As bases púricas são a adenina (A) e a guanina (G), ambas encontradas tanto no DNA como no RNA.

-> As bases pirimídicas são a citosina, encontrada no DNA e no RNA; a timina (T), encontrada no DNA; e a uracila (U), encontrada no RNA.


No DNA, encontramos sempre duas cadeias paralelas de nucleotídeos. No RNA, só há uma cadeia de nucleotídeos. As cadeias de ácidos nucléicos são longas e encerram muitas centenas de nucleotídeos. Elas se mostram como filamentos enrolados em trajetória helicoidal. No caso do DNA, especificamente, as bases nitrogenadas se comportam como os degraus de uma escada de corda.

Verificou-se que no DNA a quantidade de adenina é sempre igual à de timina, e a quantidade de guanina é sempre igual à de citosina. Isso porque a adenina está ligada à timina e a guanina se liga à citosina. Essas ligações são feitas por meio de pontes de hidrogênio, duas pontes nas ligações A-T e três pontes nas ligações C-G.

A molécula de DNA tem a forma de uma espiral dupla, assemelhando-se a uma escada retorcida, onde os corrimões seriam formados pelos fosfatos e pentoses e cada degrau seria uma dupla de bases ligadas às pentoses. A seqüência das bases nitrogenadas ao longo da cadeia de polinucleotídeos pode variar, mas a outra cadeia terá de ser complementar.

Se numa das cadeias tivermos: A T C G C T G T A C A T

Na cadeia complementar teremos: T A G C G A C A T G T A


As moléculas de DNA são capazes de se autoduplicar (replicação), originando duas novas moléculas com a mesma seqüência de bases nitrogenadas, onde cada uma delas conserva a metade da cadeia da molécula original.

Pela ação da enzima DNA-polimerase, as pontes de hidrogênio são rompidas e as cadeias de DNA separam-se. Posteriormente, por meio da ação de outra enzima, a DNA-ligase, novas moléculas de nucleotídeos vão-se ligando às moléculas complementares já existentes na cadeia original, seguindo as ligações A-T e C-G.

Dessa forma surgem duas moléculas de DNA, cada uma das quais com uma nova espiral proveniente de uma molécula-mãe desse ácido. Cada uma das duas novas moléculas formadas contém metade do material original. Por esse motivo, o processo recebe o nome de síntese semiconservativa.

A autoduplicação do DNA ocorre sempre que uma célula vai iniciar os processos de divisão celular (mitose ou meiose).


Autor:
Amara Maria Pedrosa Silva

quinta-feira, 13 de março de 2014

                                       O QUE SAO ACIDOS NUCLEICOS?

Os ácidos nucleicos  são macromoléculas encontradas em todas as células vivas, que constituem os genes, responsáveis pelo armazenamento, transmissão e tradução das informações genéticas. Tais moléculas recebem esse nome devido ao seu caráter ácido e também por terem sido descobertos no núcleo celular, em meados do século XIX.
Existem dois tipos de ácido nucleico: o ácido desoxirribonucleico, mais conhecido pela sigla DNA e o ácido ribonucleico, conhecido como RNA. Os ácidos nucleicos são constituídos por três diferentes componentes:
  • Pentoses: são carboidratos cuja molécula é formada por cinco carbonos. A pentose que forma o DNA é conhecida como desoxirribose, enquanto a do RNA é chamada ribose (daí os nomes desoxirribonucleico e ribonucleico).
  • Bases nitrogenadas: são compostos cíclicos que contêm nitrogênio. As bases nitrogenadas são cinco: adenina,citosinaguaninatimina e uracila; e destas somente as três primeiras são encontradas tanto no DNA quanto no RNA. A base nitrogenada timina ocorre somente no DNA, enquanto a uracila é uma base exclusiva do RNA.
  • Fosfato: um radical derivado da molécula do ácido fosfórico, composto químico responsável pelo caráter ácido dos ácidos nucleicos.
A união das pentoses às bases nitrogenadas e aos fosfatos forma um trio molecular que recebe o nome de nucleotídeo. Ambos os tipos de ácidos nucleicos são compostos por uma sequência de nucleotídeos, que são ligados entre si por meio dos radicais fosfatos, formando longas cadeias polinucleotídicas. Os nucleotídeos detêm grandes quantidades de energia, o que contribui para a realização de diversos processos metabólicos.
Os ácidos nucleicos apresentam uma estrutura espacial bastante complexa e peculiar. As moléculas de DNA são constituídas por duas cadeias polinucleotídicas enroladas uma sobre a outra, o que se assemelha com uma grande escada helicoidal. Essas duas cadeias se unem por meio de pontes de hidrogênio entre determinados pares de bases nitrogenadas: a adenina emparelha-se com a timina, enquanto citosina emparelha-se com guanina.
Já as moléculas de RNA, em geral, são compostas por uma única cadeia, que é enrolada sobre si mesma por meio do emparelhamento das bases complementares num mecanismo semelhante ao do DNA, no entanto, no RNA a adenina emparelha-se com a uracila. Em alguns casos, o RNA também pode ter dupla-fita, como é o caso do mosaico do tabaco.
Além do núcleo celular, o DNA também está presente nas mitocôndrias e nos cloroplastos, organelas capazes de sintetizá-lo. A partir do DNA são transcritas as moléculas de RNA, que podem ser de três tipos principais: RNA mensageiro (RNAm), RNA ribossômico (RNAr) e RNA transportador (RNAt).

http://www.infoescola.com/bioquimica/acidos-nucleicos

terça-feira, 11 de março de 2014



28/02/2014

Teste de ácido nucleico agora é obrigatório em todos os bancos de sangue

Com informações da Agência Brasil
 Passou a ser obrigatória a realização do Teste de Ácido Nucleico (NAT) em todas as bolsas de sangue coletadas pelos bancos de sangue públicos e privados do país.
O kit NAT já era oferecido em 100% dos bancos públicos brasileiros e agiliza a identificação dos vírus HIV e da hepatite C no sangue de doadores.
O exame reduz em média de 35 para 12 dias a janela imunológica - tempo em que o vírus permanece indetectável - no caso da hepatite C e de 22 dias para dez dias, no caso do HIV.
Para o presidente da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), Dimas Tadeu Covas, é importante que os órgãos responsáveis garantam a aplicação do teste em todo sangue a ser usado em transfusões.
"Agora a Vigilância Sanitária, por meio dos órgãos municipais, deve observar essa necessidade. Não seria admissível haver sangue com e sangue sem NAT, após essa portaria. Quem não respeitar a normativa estará fora da lei", disse o médico.
O próximo passo é que o NAT passe a incluir também o vírus HBV, da hepatite B, doença transmissível por relações sexuais, contato com sangue e materiais cortantes infectados.
A estimativa é de que cerca de 2 bilhões de pessoas no mundo tenham hepatite B e 300 milhões apresentem infecção crônica por este vírus, sendo 600 mil o número das mortes decorrentes direta ou indiretamente desta infecção. No Brasil, a estimativa é de que cerca de 800 mil pessoas tenham o vírus tipo B.

http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=teste-nat-acido-nucleico-bancos-sangue&id=9550

segunda-feira, 10 de março de 2014

Fertilização 'in vitro' com três pais está em debate nos EUA


WASHINGTON, 26 Fev 2014 (AFP) - Um comitê de especialistas apresentava nesta quarta-feira à agência americana que regula o setor de remédios e de alimentos nos Estados Unidos (FDA) sua opinião sobre uma polêmica nova técnica que combina o DNA de três pessoas para criar um embrião sem falhas genéticas.

O foco da análise é nos defeitos genéticos responsáveis por algumas doenças hereditárias incuráveis.

Reunido desde terça, o painel de especialistas deve apresentar suas recomendações finais à Food and Drug Administration (FDA) sobre a segurança desse procedimento para testes clínicos. Até agora, essa técnica foi testada apenas em macacos.

Os especialistas não vão se manifestar sobre as questões éticas que o procedimento possa gerar. Seus críticos comparam-no com a manipulação genética para conceber bebês.

Os cientistas afirmam que essa técnica, denominada "fertilização 'in vitro' com três pais", deveria ser autorizada para testes clínicos, já que tem um enorme potencial médico, assim como para a investigação sobre as células-tronco embrionárias e a clonagem.

Essa tecnologia consiste em extrair o óvulo da mãe da mitocôndria, ou seja, o gerador de energia da célula que é defeituoso, para substituí-lo por uma mitocôndria saudável de outra mulher. Depois de ter sido fecundado pelo esperma do pai no laboratório, o óvulo é implantado na mãe, e a gravidez pode, então, desenvolver-se normalmente.

Esse procedimento foi inventado pelo pesquisador Shukhrat Mitalipov, da Universidade de Ciências e Saúde de Oregon (noroeste dos EUA), que conseguiu dar à luz cinco macacos em perfeito estado de saúde e, agora, propõe-se a usar essa técnica em humanos em testes clínicos.

Todos os anos, de mil a quatro mil crianças nascidas nos Estados Unidos desenvolvem uma doença mitocondrial - a maioria antes do dez anos. Essas patologias são muito variadas e podem afetar o sistema nervoso central, causar cegueira, ou problemas cardíacos.

As doenças da mitocôndria impedem que os nutrientes dos alimentos sejam transformados em energia e, com frequência, resultam de defeitos genéticos causados por mutações no DNA mitocondrial herdado da mãe.

- Já existe outra técnica - Cientistas nos Estados Unidos já fizeram com sucesso experimentos de fertilização combinando material genético de três pessoas, mas com uma técnica diferente. 

Em 2001, pesquisadores de Nova Jersey (leste dos EUA) pegaram o tecido do citoplasma, a envoltura do núcleo do óvulo em uma mulher fértil e implantaram-no depois da fecundação do óvulo de uma mulher estéril. Quase 20 crianças foram concebidas dessa forma nos Estados Unidos. 

Esse procedimento trouxe muitas perguntas e levou a FDA a pedir aos cientistas que abandonassem seu uso em seres humanos sem uma permissão especial.

Sobre a nova técnica que a FDA está analisando, o Center for Genetics and Society, um organismo em Washington oposto ao procedimento e que organizou uma petição contra sua aprovação, considera que essa tecnologia "apresenta sérias questões de segurança e éticas para a sociedade".

"É um procedimento biologicamente extremo que supõe um risco para qualquer criança concebida dessa maneira e que questiona um consenso internacional de longa data contra a concepção de humanos geneticamente modificados", afirmou a diretora dessa organização, Marcy Darnovsky, em uma nota.

http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/afp/2014/02/26/fertilizacao-in-vitro-com-tres-pais-esta-em-debate-nos-eua.htm