quinta-feira, 1 de maio de 2014

ELETROFORESE DE ÁCIDOS NUCLÉICOS

ELETROFORESE DE ÁCIDOS NUCLÉICOS
                                                                                               João José de Simoni Gouveia
                                                                                              Luciana Correia de Almeida Regitano
A eletroforese é uma técnica utilizada para separar, identificar e purificar
moléculas carregadas (como DNA e proteínas) (Maniatis, 1987). Este método foi
introduzido por Tiselius, no ano de 1937 (Brammer e Iorczeski, 2002) e é simples,
rápido e capaz de separar fragmentos que não são adequadamente separados por
outras técnicas (Sambrook e Russel, 2002).
A técnica apresenta basicamente um sistema de suporte (gel de agarose, por
exemplo), um tampão no qual está imerso o gel e os eletrodos nas extremidades da
cuba onde estão contidos o tampão e o gel.
 Sob a influência de um campo elétrico, moléculas carregadas e partículas
migram em direção ao pólo oposto. A carga e a massa das moléculas fazem com
que elas migrem em velocidades diferentes e, portanto, propiciam a separação
destas (Westermeier, 2005). Como os ácidos nucléicos (DNA e RNA) possuem
carga elétrica negativa (devido ao grupamento fosfato) eles sempre migrarão em
direção ao pólo positivo. Então, o fator determinante da taxa de migração será a
massa da molécula (quando se fala em ácidos nucléicos, a massa é diretamente
proporcional ao tamanho da molécula).
Existem vários meios de suporte que podem ser utilizados (papel filtro,
membrana de celulose, gel de agarose, gel de poliacrilamida). No caso dos géis, a
porosidade (que tem uma relação direta com a concentração de agarose) determina
o poder de separação (Brammer, 2002). Na escolha do tampão, o principal fator a ser considerado é sua capacidade
tamponante. Os dois tampões mais utilizados na eletroforese de ácidos nucléicos
são o TAE (Tris, Acetato e EDTA) e o TBE (Tris, Borato e EDTA). O TAE é mais
utilizado que o TBE, porém é mais facilmente exaurido durante corridas longas ou
com alta voltagem. O TBE, apesar da melhor capacidade tamponante, deve ser
evitado quando se deseja purificar os ácidos nucléicos do gel (Ausubel, 1994).
Alguns fatores alteram a migração das moléculas através do gel, dentre eles
podemos citar: concentração de agarose, conformação do DNA e intensidade da
corrente.
A concentração de agarose atua de forma importante na eletroforese, pois ela
determina a faixa de tamanho das moléculas de DNA que podem ser separadas.
Para observar ácidos nucléicos em gel de agarose, deve-se corá-los e
submetê-los a uma luz ultravioleta. O corante mais comum é o brometo de etídeo,

que se intercala entre as bases do DNA (Ausubel, 1994).

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